Gisele Santos
(Me dá um desconto pq faz tempo que não escrevo uma Ron x Mione)

Pode ser simples tudo isso que estamos fazendo, mas é mais uma forma de mostrar como gostamos um do outro. 
Um ato cheio de amor, amor esse que escorre por todos os lados nessa época do ano.
Que, embora não nos conheçamos pessoalmente, possamos buscar formas de estarmos juntos todas as vezes, que possamos ajudar um ao outro e fazer sorrir.

Essa fanfic é dedicada a Alana e a todos do FTEL
Capítulo Único

Ele caminhava pelas ruas frias e decoradas pela neve que caíra a pouco. Solitário como tem sido desde que acabou com sua namorada.

Nunca ele se identificou tanto com o clima como dessa vez.

Estava tudo frio, branco e sem graça, assim como sua vida. Ele vinha se embebedando há algum tempo por causa dela, até que essa semana, quando quase morreu, resolveram levá-lo a um psicólogo.


O pior de tudo é o motivo da briga.

Eles se conheciam há muito tempo, sabiam dos gostos de cada um de cor antes de começarem a namorar, mas mesmo assim, ainda brigavam por causa de idiotices.
Dessa vez tinha sido por causa de uma saia que ela iria sair que era mais curta que as demais que ela usava.
Ela se irritou como nunca antes. Disse que estava odiando esse ciúme excessivo dele. E acabou com ele, com a promessa de que nunca mais iriam voltar.

E Ronald sabia que ela estava falando a verdade.
A conhecia o suficiente para saber quando falava a verdade ou não.

Lilá nunca brincava com essas coisas, então resolveu não ir atrás dela. Tentou seguir sua vida.


Ele criou um mundo ao redor dela, com ela ao seu lado, mas ela acabou com tudo... ou foi ele?


Ronald se deprimiu, buscou se confortar no que não devia, bebeu muito, usou algumas drogas, bebeu novamente, até que quase morreu de frio depois de uma noite que caiu bêbado na rua.

Seus amigos e família o obrigaram, a ir ao psicólogo, se continuasse assim, ele morreria logo.

Ele foi pra lá a muito contragosto, principalmente por ter ido com seus irmãos por terem medo dele desviar de seu caminho e ir beber novamente.


Ele não fugiria, já sabia o que fazer.

Bastava ele fazer pequenas coisas: responder algumas perguntas e falar o que achar que deve falar, afinal, ele estava naquilo por querer, não por precisar realmente de ajuda, ele sabia o que era certo e errado, sabia o que deveria fazer ou não, mas só queria afogar as mágoas.


Esperou um pouco até dar a hora de sua consulta.


Ao entrar no consultório, deu de cara com uma mulher com jeito de ser desequilibrada dos neurônios.

“Estranho... ela trabalha aqui ajudando ou é a própria psicóloga?”

Ela tinha os cabelos cacheados e grandes olhos por trás do óculos fundo de garrafa e escrevia algumas coisas no papel como uma louca.

Ele andou desconfiado até ela e a cutucou.


– Bom dia!

– O que quer? – ela perguntou sem levantar o rosto do papel.

– Consulta com a Srt. Granger.

– E acha que eu sou ela? Entre de uma vez na sala ao lado, idiota!


Ronald soltou um suspiro aliviado ao ver que a louca não era a doutora.

Entrou na sala dela e percebeu logo a diferença entre ambientes, esse não tinha distração nenhuma, era feito para concentração.

Ao ver a doutora, seu mundo mudou.

Não queria nem acreditar no que estava vendo.

E podia jurar que sua crise não precisaria mais de consulta nenhuma.


Quando ouviu o nome da psicóloga, sabia que o tinha reconhecido de algum lugar, mas não se lembrou de onde.
Agora sabia exatamente de onde era.


Hermione Granger...




A menina feia, estudiosa e esquisita que estudou com ele quando era criança... mas ele admitia que tinha uma queda pela inteligência dela.


Era um contraste óbvio, ele o jumento, ela a inteligente. Sempre foi assim na infância, e eles até tinham uma relação amigável.


Embora tê-la reconhecido imediatamente, ela não tinha nada de esquisita como antes, seus cabelos estavam cacheados, longos, seu rosto era afilado, estava com o corpo totalmente diferente do que era, afinal, eles eram crianças quando conviviam com o outro.



Quando ela se virou pra ele, se assustou um pouco. Sabia que seu paciente de hoje era Ronald Weasley, o conheceu na escola e ele era uma boa pessoa.

Na verdade, ela queria mesmo era ver como ele tinha ficado depois que ela saiu e se surpreendeu com o belo homem que viu, embora que ele parecesse tão desajeitado quanto era antes.

Acabou que nem se tornou uma consulta, eles conversaram sobre o que tinha acontecido em suas vidas durante esse tempo e quando chegou outro paciente, Ronald se foi com a promessa de que voltaria outro dia para conversarem mais.

As consultas com Hermione o ajudaram muito, e foram se tornando mais frequentes, até o dia em que ele achou que não precisaria mais delas.

Hermione se despediu dele e disse que estaria ali quando ele precisasse.

Ingênuo e idiota, por não perceber seus próprios sentimentos.


Ronald não conseguiu passar uma semana longe dela.



– Eu não estou bem! – ele falou assim que entrou no consultório dela.

– Oi? Não entendi, Rony. O que aconteceu?

– Quero sair com você!

– O quê? Não estou te entendendo.

Ele achou melhor mudar a proposta.

– Quero me consultar com você, só que em um lugar diferente... entendeu?

– Bem... acho que sim.


Hermione o consultou na cafeteria, no parque, no cinema, na creperia...

Na casa dela, na casa dele, em seu quarto...

Enfim, se tornaram mais que paciente e psicólogo.

Lilá tentou ir atrás de Rony, foi até a casa dele, mas quem abriu a porta foi Hermione.

Ela não fez nada, apenas disse que tinha batido na casa errada e foi embora.


Ela sabia que não tinha errado, conhecia bem aquela casa.


Ronald não percebeu que Hermione tinha falado de Lilá quando falou de uma mulher batendo a porta de sua casa, estava prestando atenção demais nos lábios dela enquanto falava.


“Só se cura a dor de um antigo amor com outro amor.”


Ronald curou a dor de um antigo amor com um amor mais antigo ainda, estranho, mas ele não ligava pra isso.
Tinha mais com o que se preocupar agora... tipo como e quando pediria Hermione em casamento.

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